29 de maio de 2011

1º Fichamento

Caracterização genética e fenotípica de isolados de Pyricularia do trigo
CRUZ,Maria Fernanda A ; MACIEL, L. M; PRESTES,A. M; BOMBONATTO,E.A.S; PEREIRA, J.F; CONSOLI, L.
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS,Brasil. Trop. plant pathol. vol.34 no.6 Brasília nov./dez. 2009





A brusone do trigo causada pelo fungo Pyricularia grisea Sacc., cuja fase teleomorfa corresponde a Magnaporthe grisea,representa uma séria ameaça à triticultura brasileira desde o seu aparecimento nas lavouras brasileiras, em meados da última década de 80.A doença causa elevados danos na cultura do trigo principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Goiás.
Nas espigas, é observado o sintoma mais conhecido da brusone, que é o branqueamento e morte acima do ponto de infecção, além do escurecimento do ráquis.Quando há produção de grãos nessas espigas, os mesmos são enrugados, pequenos, deformados e com baixo peso específico. Apesar de menos freqüentes, também podem ocorrer sintomas da brusone nas folhas, os quais são representados por manchas, geralmente elípticas ou arredondadas, com margem marrom escura e centro acinzentado. As fontes de inóculo da doença são os hospedeiros secundários e os restos culturais de plantas cultivadas. O fungo também pode sobreviver em sementes infectadas. Os conídios são liberados dos substratos na fase saprofítica, sendo considerados leves e por isso podem atingir longas distâncias ao serem transportados pelo vento.As condições favoráveis à doença são: precipitação, temperaturas entre 24 e 28ºC, dias nublados e alta umidade relativa do ar.

Os experimentos foram realizados nos Laboratórios de Fitopatologia e de Biologia Molecular da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS. Utilizou-se 18 isolados monospóricos de P. grisea de trigo, obtidos de amostras de plantas com sintomas de brusone, provenientes dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Realizou-se a assepsia do material, que permaneceu em câmara úmida por 24 h. Em seguida, com o auxílio de uma lupa procedeu-se o isolamento dos conídios. Os conídios foram transferidos para o meio ágar-água e, após 15 h, apenas os conídios germinados foram transferidos para o meio aveia-ágar até o desenvolvimento da colônia.

Os dados de polimorfismo de DNA dos isolados do fungo detectados via marcadores microssatélites e os resultados da reação das plantas jovens de trigo submetidas à inoculação com os mesmos isolados monospóricos foram analisados empregando-se a estimativa de similaridade genética entre os isolados. Desta forma foi necessária a construção de uma matriz de similaridade contendo dados binários para cada primer. Atribuiu-se o valor zero para ausência do alelo e valor 1 para presença do alelo. A ausência de amplificação de fragmentos por um isolado foi considerada como alelo nulo, e dados de isolados que amplificaram fragmentos em gel de agarose, mas não apresentaram a amplificação no seqüenciador foram considerados como dado perdido. A partir da matriz de similaridade genética foi possível gerar um dendrograma com base na análise molecular.

A amplificação do DNA dos isolados permitiu verificar a formação de fragmentos de DNA polimórficos e monomórficos. O primer PG 3 apresentou dois loci, em um deles foi possível amplificar um fragmento de 113 pb comum a todos os isolados e, no segundo, foram produzidos fragmentos de 126 e 127 pb. Este é o motivo pelo qual este primer (PG 3) aparece como PG 3a e PG 3b. Além disso, considerando todos os isolados utilizados no experimento, os únicos primers monomórficos foram o PG 3a, o PG 15 e o PG 20. O primer mais polimórfico foi o PG 5, o único que permitiu a diferenciação dos isolados do Rio Grande do Sul em relação aos demais.

Persistem as expectativas em torno da geração de cultivares de trigo que sejam mais resistentes à brusone, e que venham a minimizar os danos causados pela doença. Os resultados obtidos no presente trabalho fornecem um direcionamento para futuras ações de pesquisa com o objetivo de atender as expectativas mencionadas acima. É necessário investigar se a variabilidade genética do fungo é mais ampla do que a observada, seria interessante relacionar informações sobre variabilidade genética e aspectos como locais e genótipos onde os isolados são obtidos.

P.S:Esse é meu 1º artigo espero q esteje bonzinho professor.

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